O VALOR DA MÃE

Aprendi a ser mãe com a minha mãe, exemplo de mulher virtuosa de Provérbios 3.1. E, imaginem quem me ensinou a executar meus vários papéis de mulher: filha, esposa, mãe, nora, sogra, avó, professora, conselheira, administradora do lar... A Bíblia!... e a união em amor das três pessoas diferentes na Trindade.

O papel da mãe é valorizado por Deus, e precisa ser valorizado pelo marido e pelos filhos (Pv 31.28,29). A gratidão da família é o único pagamento que a mãe recebe. Se a mulher se tornou amarga (Hb 12.14,15), geralmente é devido à ingratidão e às reclamações de marido e/ou de filhos. Salomão exorta os filhos a obedecerem ao pai e à mãe (Pv 1.8; 6.20-23). Honrar pai e mãe é o único mandamento com promessa, e o Senhor realmente leva a sério (Dt 5.13; Ef 6.2,3).

Deus usa a mãe como exemplo:

1º) da segurança em seus braços; a confiança que o bebê tem na mãe que o alimenta é o modelo de segurança no Pai que cuida (Sl 13.1);

2º) da primeira ensinadora, como Joquebede, a mãe de Moisés; como a mãe do rei Lemuel (Pv 3.1,2), a exemplo de Jesus, o Mestre;

3º) do amor incondicional aos filhos, que perdoa tudo e continua amando, mesmo quando é rebelde; semelhante ao amor de Deus Pai por nós (Rm 5.8);

4º) do amor sacrificial: a mãe pode passar a noite em claro, embalando o filho doente e cantando para mitigar-lhe a dor. No tempo de guerra ou de catástrofe, quantas mães passam fome para salvar os filhos da morte? A ordem de Paulo aos maridos (... amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja...) (Ef 5.25) é comumente obedecida pelas mães, que sofrem caladas para proteger os filhos de um pai bêbado ou severo demais.

5º) o amor materno aceita tudo, pensando em Deus e na família, como Maria: “Eis aqui a serva do Senhor”, sabendo do grande sofrimento que teria (Lc 1.38), começando por ter de explicar uma gravidez de mãe solteira;

6º) o amor que não esquece do filho que gerou. Não tem tempo nem distância – chora e ri ao receber notícias. /diz o Senhor: “Como alguém a quem sua mãe consola, assim eu vos consolarei” (Is 66.20);

7º) o Criador participa da gestação junto com a mãe (Sl 139.13-16). E nos juntamos a Davi no louvor: “Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos”.

8º) quem deseja ser mãe imagina seu filho até antes mesmo de casar-se (como eu e meu esposo que já tínhamos até os nomes dos quatro...). Nossos filhos são gerados no coração de Deus (Ef 1.3-6). Como é sagrado gerar filhos. Precisamos meditar nisso, e ensinar adolescentes e jovens.

9º) A mãe deve se espelhar em Deus, que é amor e justiça. Quem ama corrige com amor (Hb 12.6 e Pv 3.11)

“Deus é amor” (1 Jo 4). O amor conjugal é santo e revestido de dignidade! (Hb 13.4) Pais, que se amam como a Trindade, geram filhos que refletem tal amor.
Essa sacralidade do amor em família deve ser enaltecida todos os dias, em orações, palavras e ações. A família foi criada para espelhar o amor do Pai Eterno como a Lua reflete a luz do Sol!

Profª. Ana Lúcia da Cruz Costa