DIA DA IGREJA PERSEGUIDA!

“...no mundo, passais aflições; mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16.33)


Quem passa por “aflições” sabe bem do que se trata. Às vezes tais aflições são passageiras, chegam e trazem insegurança e dor, mas tem dias que elas se alojam na alma e querem fazer morada permanente. As lutas na alma são tão indescritíveis que nem sabemos conceituar, nem conseguimos por limites nos seus avanços. Algumas chegam sorrateiramente e vão avançando, tomando espaço, e outras parecem um tsunami, chegam causando destruição. Ambas deixam um rastro de dor e incertezas.


Em todo o mundo a igreja de Jesus passa por perseguições, umas veladas, camufladas, outras abertas e declaradas. O próprio Jesus nos advertiu “No mundo, passais por aflições” (Jo 16.33). Se a igreja está neste mundo, é natural que atravesse aflições. Não devemos estranhar o “fogo ardente que se surge no meio de vós, destinado ao provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse acontecendo” (1Pd 4.12). As aflições são no mundo todo, e sendo a igreja de Jesus a “luz do mundo” (Mt 5.14), tal função revela os erros do mundo, mas também causam conforto e segurança.


Em todo o mundo igrejas de Jesus recebem perseguições de governos estabelecidos, da própria sociedade em que está, das mídias sociais, dos vizinhos, e de outras “igrejas”, Observe que João diz: “Sabemos que somos de Deus e que o mundo inteiro jaz no maligno” (1Jo 5.19). É uma questão de saber, não apenas sentir. O mundo inteiro jaz no maligno, então em todo o mundo, onde houver igreja de Jesus, haverá perseguição. Isso não é uma maldição, mas um fato, porque “não há comunhão entre luz e trevas” (2Co 6.14).


Há quem diga que as perseguições declaradas levam a igreja com mais ímpeto para oração e total dependência de Deus, enquanto que as perseguições camufladas tendem a levar a igreja a se ajustar em si mesma para vencer, levando as a investir com suas próprias forças e armas para o alívio.


As constantes aflições pelas quais passamos revelam nossa grande necessidade de paz. Por essa razão o nosso Senhor Jesus, ao falar destas aflições, se antecipa a este assunto falando da sua maravilhosa paz.


Sim, o Senhor Jesus, que é o “Príncipe da paz” (Is 9.6), como também o “Senhor da paz” (2Ts 3.16). Quando o assunto é paz, Ele é Príncipe e Senhor. E nos avisou que o mundo pode dar paz, mas nosso Senhor nos preveniu e alertou a não nos contentarmos com esta paz barata e passageira, quando disse: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração nem se atemorize.” (Jo 17.17). Muitos buscam e se satisfazem com esta paz, sem nunca ter desfrutado da “paz do Senhor”.


Todos já ouvimos histórias de lutas das igrejas em países fechados, e por isso queremos juntar nossas mãos e dobrar nossos joelhos em oração em favor destes queridos irmãos que lutam para manter a fé, que traçam estratégias novas para cultuar o Senhor junto com outros, em meio a riscos de prisão e morte.


Pr. Valdemberg Viana