A COMUNHÃO DEVE SER DESENVOLVIDA A COMEÇAR EM MIM

“Eu lhes dou um novo mandamento: que vocês amem uns aos outros. Assim como eu os amei, que também vocês amem uns aos outros.” João 13.34


Ao refletir sobre comunhão, qual é a primeira imagem que surge em sua mente? Confesso que, na minha mente, surgem pessoas alegres, festejando, se abraçando ou se amando. E que maravilha são esses momentos que o Senhor proporciona; muitos deles permanecem guardados em nossa memória ao longo dos anos. No entanto, somos convocados à comunhão, que também deve ser cultivada em tempos de tristeza e amargura. Existe um ditado popular que afirma: “É fácil encontrar amigos em momentos de alegria, difícil é encontrá-los nos momentos de tristeza”. Infelizmente, essa é uma realidade; contudo, para nós cristãos convictos, não deveria ser assim.


Devemos aprender a ter compaixão por um irmão que precisa do perdão, a chorar com os que choram, procurar aquele irmão afastado da igreja e, claro, não menos importante, devemos nos alegrar com os que se alegram. Em João 13.34, Jesus nos confia uma missão preciosa, instruindo seus seguidores a amarem uns aos outros da mesma maneira que Ele nos amou. Este “novo mandamento” destaca o amor transformador que o cristão deve cultivar, exemplificado pelo maior exemplo humano, o próprio Cristo, que se sacrificou em amor e compaixão por seus filhos.


Ao compreender que a comunhão deve ser desenvolvida a partir de nós mesmos, Jesus enfatiza a importância da responsabilidade individual na construção de relacionamentos baseados no amor e na empatia. Esse amor deve ser expresso de maneira genuína e ativa, iniciando no coração de cada indivíduo o que se estenderá por toda a igreja. Esse mandamento não foi uma novidade, mas a inovação estava em amar uns aos outros da mesma forma que Jesus amou seus discípulos. Sendo assim, é crucial compreender que, ao viver esse mandamento, Seus seguidores são chamados a ser agentes de transformação na construção de uma comunhão fundamentada no amor daquele que nos amou primeiro, o próprio Jesus. Buscar isso constantemente inclui exercer esse amor até mesmo pelos nossos inimigos (Mt 5.43-48).


A palavra traduzida do grego que significa “uns aos outros” aparece 60 vezes no Novo Testamento, nos trazendo tamanha importância desse preceito. Há um livro chamado “Igreja, Forma e Essência” de Gene A. Getz, no qual o autor cita: “Todos os cristãos devem dedicar-se uns aos outros, honrar uns aos outros, aceitar uns aos outros, ensinar uns aos outros, saudar uns aos outros, servir uns aos outros, levar as cargas uns dos outros, sujeitar-se uns aos outros e incentivar uns aos outros(...)” Um corpo em ação é absolutamente essencial para que haja crescimento e maturidade em qualquer igreja. Quão bom é entender nossa família na fé, viver em comunhão, amando e nos sentindo amados. É uma bênção de Deus em nossas vidas! Para isso fomos chamados, e entender que fazemos parte do corpo de Cristo nos ensina o que é ser igreja: evangelizar e glorificar a Deus. Que Deus tenha misericórdia de nós para cumprir seu mandamento.


Nathália Rocha