COMO ALCANÇAR OS DE FORA?

“Tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele.” (1Co 9.23)


É perceptível que, ao pronunciar essas palavras, o Apóstolo Paulo estava se sentindo honrado por ser um cooperador na edificação e na expansão do Reino de Deus.

Ao ler o capítulo todo, notamos sua dedicação e empenho na evangelização. Em algumas ocasiões mostrou ser necessário tomar atitudes radicais, inclusive polêmicas, conforme podemos ler nos versos anteriores. Registrou ter procedido como um judeu para com os judeus (embora sendo filho de pais judeus, ele nasceu e cresceu no mundo grego-romano); fez-se de fraco para com os fracos com o fim de ganhar os fracos, disse ter feito de tudo para com todos, com o fim de, por todos os modos, salvar alguns. (1Co 9.19-22).


Eis a razão de muitos o qualificarem como um dos maiores evangelistas da história da Igreja do Senhor Jesus. Suas motivações para tal (que deveriam ser as nossas também) foram:


- Sentia-se o mais necessitado de perdão por se considerar o pior dos pecadores (1Tm 1.15);


- Sentia-se também constrangido pelo amor de Deus manifestado no Calvário e revelado a ele (2Co 5.14).


Paulo fazia da propagação do evangelho (evangelismo) sua razão de viver (Fp 1.21).


Esse DNA evangelístico atravessou mais de vinte séculos à custa de renúncia, prisões e mortes, transpondo gerações opressoras, perseguidoras e hostis. Hoje, essa GRAÇA BENDITA que nos alcançou aponta para o amor e a misericórdia de Deus sobre nós, e requer de nós, conforme palavras do próprio Senhor Jesus: “...eu vos escolhi a vós outros e vos designei (razão da escolha) para que vades e deis frutos, e o vosso fruto permaneça...” (Jo 15.16). Que sejamos agentes da reconciliação entre os pecadores e o Deus Santo. Esse propósito é claro nas Escrituras; “...Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o ministério da reconciliação”; “...e nos confiou a palavra de reconciliação.” (2 Co 5.18-19).


Jesus também falou sobre esse assunto: “Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor. Todo o ramo que, estando ligado em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto, limpa, para que produza mais fruto ainda.” (Jo 15.1-2.) Evangelização não é uma sugestão ou uma opção do Reino. O evangelho de Jesus transforma, modifica, faz novas as coisas antigas (2Cor 5.17; Ap 2.5). Se não há transformação, não há Boas Novas. A evangelização não é só determinante para a salvação dos que estão lá fora, como também para a permanência dos que estão dentro do Reino.


Que cumpramos o propósito de nosso chamado (dar frutos) para a glória de nosso Bondoso Deus!


Que o Espírito Santo grave em nossos corações essa declaração do apóstolo Paulo: “Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim, se não anunciar o evangelho!” (1Co 9.16)


Pr. Sidnelson de Souza