É PRIMEIRO DE ABRIL!

“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).


Creio que muitos de nós já caímos em brincadeiras e “pegadinhas” conhecidas na sociedade como “Dia da Mentira!”. Pessoas de todo o mundo fazem uso da mentira e dizem ser brincadeira, pregando peças e contando lorotas umas às outras.


Você sabe onde tudo isso começou? A versão mais conhecida e popular para esta data remonta ao século 16, na França. O Brasil tinha apenas 64 anos quando o rei Carlos IX decidiu que o Ano Novo seria celebrado no primeiro dia de janeiro, devido à adoção do calendário gregoriano.


Diz a história que muitas pessoas não gostaram da mudança do calendário, e outras até resistiram. As pessoas que não se acostumaram e as que se opuseram tornaram-se alvo das mais variadas formas de ridicularização. Eram chamadas de "bobos de abril"; recebiam convites para festas que não existiam e ganhavam presentes esquisitos no dia primeiro de abril. Partindo da França, a mania de pregar peças, nessa data, teria percorrido o mundo e dura até hoje.


Por conta do perfil do brasileiro, esta “moda” se enraizou de tal forma que mesmo empresas, tidas como sérias, ajustam-se, nessa época, à essa realidade de mentir sob o manto da normalidade.


Nós vivemos tempos em que a mentira é tolerada, e, em alguns casos, até estimulada; tornou-se um dos vícios sociais mais frequentes. Há, hoje em dia, três tipos bem comuns de mentira:

a. A mentira visual – Já ouviu falar de fotos alteradas? Um recurso tecnológico chamado “Photoshop”, que faz algo/alguém parecer melhor ou mais bonito do que realmente é? Esse aplicativo tem a função de melhorar a nossa imagem, escondendo rugas, camuflando manchas na pele.


b. A mentira eletrônica – A força da mídia na apresentação de uma reportagem ou de um fato, para prejudicar ou beneficiar; de uma forma tendenciosa, dar uma notícia distorcendo a verdade, apenas para manipular uma realidade existente. Atualmente conhecida por “Fake News” - informação distorcida e mentirosa com a intenção de manipular as pessoas.


c. A mentira falada – Alguém disse em sua defesa, após ser descoberto com uma mentira, “atire a primeira pedra quem nunca fez uso da mentira”. Para amenizar a feiura da mentira, a sociedade criou palavras novas como: “inverdade, mentira branca, Fake News”.


Coisas assim agridem a santidade de Deus. Contudo, nós as aceitamos bem, o que tem sido cada vez mais comum, pois estamos nos ajustando ao meio em que vivemos. O que a Palavra de Deus tem a dizer sobre esta mania acobertada pela mídia e aceita pela maioria social como o “Dia da Mentira”?


1. Jo 8.44 - Para começo de conversa, o Senhor Jesus diz que o “o diabo é mentiroso e pai da mentira”. Jesus disse que o diabo jamais se firmou na verdade;


2. Jo 14.6 - Enquanto o diabo é o “pai da mentira”, Jesus é a verdade e “seus filhos andam na verdade” (3Jo 1.4; 2Jo 1.4);


3. Ef 4.25 - A recomendação de Paulo aos efésios é que “eles deixem a mentira e falem a verdade”. Duas orientações: Deixar a mentira e falar a verdade;


4. Sl 119.163 - O salmista diz: “Abomino e detesto a mentira; porém amo a tua lei”, essa é a nossa nova realidade, vivemos esta nova natureza que abomina a mentira. “Quando o diabo profere mentira, fala do que lhe é próprio” (Jo 8.44b).


Nós somos filhos da luz e devemos andar como tais, Ef 5.8, e os filhos da luz se firmam na verdade, mesmo que a sociedade teime em comemorar o “Dia da mentira”, estamos fora desta prática e não participamos deste meio. “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).


Pr. Valdemberg Viana