FILHOS PRECISAM DE PAIS!

“Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus.” Mt 18.4


Há muito tempo vi um filme muito curioso chamado “Inimigo meu”. Ele tratava da luta entre dois seres, sendo um humano e outro alienígena. Após várias batalhas o humano vence, só que o extraterrestre (Drax) estava grávida. O homem assumiu o compromisso de criar o filho do inimigo como se fosse o pai.


Recebemos uma ordem de Deus para criar filhos e não apenas alimentar, proteger e vesti-los. E devemos criar, não como nós queríamos ser criados ou como vimos naquele lindo filme, mas criar de acordo com as normas do Criador. Ele conhece a sua criação muito melhor do que todos nós. Ele a fez, e por isso conhece as limitações, o potencial, o que causa alegria e o que produz dor. Assim sendo, o melhor que os pais têm a fazer é aprender com o Criador a arte de criar filhos. Criar é mais do que apenas mantê-los vivos.


Edgar Hoover, chefe do FBI, disse certa feita: “para eliminar a delinquência juvenil, seria bastante providenciar para cada criança um pai competente”. Em concordância com este pensamento, Roy Bell escreveu que “Se uma criança vive com crítica e desprezo, ela aprende a condenar; Se uma criança vive com hostilidade, ela aprende a brigar; se uma
criança vive com tolerância e aceitação, ela aprende a ser paciente; se uma criança vive com encorajamento, ela aprende a confiança...” – “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele” (Pv 22.6).


O que os filhos precisam é de pais. Pais cuja paternidade esteja pautada na Palavra e que a exerçam com amor e dedicação. Vejamos algumas áreas do exercício da paternidade que são necessárias:


A QUESTÃO DE VALORES (Mt 18.1, 2).


Filhos não nascem sabendo, são ensinados; e alguns possuem maior abertura para aprendizado. Uma pesquisa feita em 35.000 crianças mostrou que nascem os mais variados tipos: as difíceis, as cooperativas, as complacentes, as retraídas, as risonhas etc., sendo que nascem duas vezes mais na categoria “difíceis”. Isso mostra a necessidade de pais que as ensinem. E os pais mais envolvidos estão justamente com as que nascem difíceis. O conselho bíblico é: “Pais, criem os filhos na admoestação do Senhor” (Ef 6.4). Filhos não nascem sabendo. Jesus aprendeu pelas coisas que passou (Lc 2.40, 52). Deus providenciou tudo para que pais ensinassem os filhos: Os filhos são menores, os pais são mais experientes. Deus os trouxe com temor; 


A QUESTÃO DOS TROPEÇOS (Mt 18.6).


Os filhos enfrentaram muitos tropeços ao longo da vida, e são os pais os melhores e maiores amigos que os ajudam a vencer cada um deles, sem nenhum interesse pessoal a não ser o de ver o filho crescer. São os pais que ensinam os filhos sobre o que é e o que não é tropeço. E os tropeços precisam ser tirados ou tratados, mesmo que causem dores. Filhos precisam de pais para ajudá-los na remoção ou no tratamento dos tropeços. Alguns serão tirados através de conselhos (Dt 6.6-9), já outros pela vara da disciplina (Pv 22.15, 23.13-14); e para tal, os pais precisam andar com o Pai Eterno. (Hb 12.5-9) - Deus corrige e ensina os filhos.


A QUESTÃO DAS CAUSAS PERDIDAS (Mt 18.11,14).


Filhos nascem com algumas causas perdidas, que precisam ser recuperadas. Às vezes eles mesmos são os perdidos, e outras vezes estão perdidos dentro da casa do pai. Resta ao pai perceber isso e investir para achálos. Lembre-se de que Deus confiou aos pais algo muito precioso que Ele tinha, para que eles ensinassem o caminho do Senhor – “não seja negligente com o dom que Deus te deu”. Atenção papai, dê o seu melhor na arte de ensinar seu filho. Filhos precisam de pais.


Pr. Valdemberg Viana