“Achando-se Jesus à mesa na casa de Levi, estavam juntamente com ele e com seus discípulos muitos publicanos e pecadores; porque estes eram em grande número e também o seguiam.” Mc 2.15
Responda para si mesmo, “Como você se relaciona com o pecado dos pecadores?” O que o pecado dos “outros” diz para teu coração? Uma coisa é pensar no pecador e outra é no pecado do pecador. Alguns de nós não suportamos o pecador, mas podemos flertar com o pecado dele. E existem alguns pecados que temos quase uma “predileção”, que não julgamos tão “pecado” assim. É como se alguns pecados você abominasse e a outros você fizesse vista grossa. Tem erros com os quais somos mais misericordiosos, e erros que denunciamos. Às vezes a misericórdia ou a denúncia tem a ver com a pessoa que pecou e não com o pecado da pessoa.
Jesus “jantou” na casa de um publicano (Mc 2.15). Os publicanos eram malvistos por todos, por algumas razões: a) Porque cobravam impostos que eram levados ao governo opressor de Herodes; b) Porque era sabido que eles cobravam a mais do seu próprio povo; c) Porque esse trabalho os colocava em contato excessivo com os gentios. Aqui, neste texto, o Senhor Jesus chama um publicano e depois aceita o convite para ir “jantar” na casa dele, junto com muitos outros publicanos. Certamente os judeus iriam se opor como de fato fizeram. Esta censura veio até mesmo dos de fora e também dos discípulos, quando Jesus foi encontrado conversando com uma mulher samaritana no poço de Jacó (Jo 4.9, 27). Ele foi censurado por ter ido à casa de Zaqueu em Jericó (Lc 19.2-3, 7). A isso o Senhor respondeu citando um provérbio que fala que os enfermos precisam de médicos, e não os sãos (Mc 2.17). Na casa de Levi os discípulos estavam com Jesus. Creio que todos eles sentiram a pressão idêntica à do seu Senhor.
Jesus “tratou” dos doentes na casa do publicano (Mc 2.17). Aquele ambiente cheio de pecadores e publicanos era um campo ideal para semear o evangelho. A palavra de Jesus quando falou do médico que cura enfermos, dizia que veio para chamar ao arrependimento os pecadores e não os justos. Com isso Jesus não afirmou que havia ali justos, mas que alguns se julgavam assim. Com esta palavra nasceu uma questão séria na mente de todos: Quem era o enfermo e quem não naquele momento na casa de Mateus? Jesus deu a todos os presentes ali a chance de se analisar. Levou-os a pensar: “Quem era o pecador na casa do publicano?”, e, “Quem era o justo diante da Palavra de Deus”? Jesus foi naquele lugar para tratar de todos, Ele tinha paciência com os pecadores: Ele chamou os pecadores (2.17); curou os enfermos (2.17); salvou os pecadores (Mt 15.24). Sua presença naquele jantar tinha um propósito.
Por conta disso vamos desafiar os irmãos a algumas posições: a) Precisamos amar o pecador (Lc 19.5), mesmo que ele tenha má reputação. Envolva-se com o pecador para estender a ele a graça que já alcançou você. b) Precisamos nos voltar para os descrentes e atraí-los a Jesus; (Lc 19.9).
O que será preciso para que o descrente entre na igreja de Jesus? O que podemos fazer para que os que estão fora, desejem entrar neste ambiente em que Jesus está? Se Jesus veio para buscar e salvar o perdido (Lc 19.10), essa é a nossa tarefa.
Faça algo em direção do pecador para que ele conheça Jesus. Faça uma ligação, deixe folhetos, convide-os para um café, leve-os para um culto, traga-os para uma aula da EBD... Disponha-se e vá buscar o perdido.
Pr. Valdemberg Viana