JESUS NO DESERTO

“Este é, verdadeiramente, o profeta que devia vir ao mundo” Jo 6.14


Como nos faz bem conversar sobre Jesus! Existe muita coisa escrita sobre Ele, e por onde passou deixou marcas de sua divindade, de sua humanidade, deixou o bom perfume de seus ensinos.
O texto de Mt 14.13-21, que narra a multiplicação dos pães e peixes, fala das múltiplas faces de Jesus. Surgem algumas perguntas bem naturais: O que o jovem da marmita vai contar à sua mãe da experiência com Jesus? (Jo 6.9). Quem era o dono daqueles cestos e o que eles faziam lá (Jo 6.13)? Como o povo ia se referir a Jesus após comer do pão e do peixe multiplicado? (Jo 6.15). Sobre o que os discípulos conversaram no barco quando estiveram sozinhos (Mt 14.22)?


SUA HUMANIDADE (Mt 14.12-13).O Criador se torna criatura e aqui deixa ver a sua humanidade. Em várias ocasiões Jesus sente fome, sede, cansaço, e aqui, ao saber a morte de João, sentiu tristeza e se isolou um pouco, e esta reação revela humanidade: “retirou-se num barco para um lugar deserto”. Ele sentiu! Em toda a trajetória da vida Jesus se deixou ver como humano, e nunca se beneficiou dos seus poderes, mas viveu totalmente a humanidade. Nesta perfeita humanidade, Jesus se identificou conosco em tudo, exceto com nosso pecado e com nossa natureza má. Ele teve de crescer fisicamente, mas também cresceu na graça. Ele trabalhou, chorou, orou e amou. Em todas as coisas Ele foi tentado como nós, mas permaneceu sem pecado. Ele foi visto como ser humano, por que era humano.


SUA COMPAIXÃO (Mt 14.14,16). Todo o seu ministério foi marcado pela misericórdia e bondade. Quando Ele passava, as multidões clamavam: “Filho de Davi, tem compaixão de mim” (Mc 10.47). Neste texto, Ele vê multidões e se compadece delas, com um enorme amor, e toma a iniciativa de alimentar a todos. Mesmo atravessando a dor de perder João Batista da forma que foi, e por isso, tendo se afastado um pouco, as multidões vieram procurá-lo e Ele compadeceu-se delas e providenciou pão e peixe.


SUA DIVINDADE (14.19). Alimentar mais de cinco mil com apenas cinco pães e dois peixes é uma obra divina. Um mágico pode enganar muita gente, mas nunca saciar 5.000 pessoas pela mágica. Os milagres atestavam que se tratava de um Deus. Um fariseu disse “ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele”(Jo 3.2). Este foi o mesmo testemunho de um cego que experimentou a cura. Os ensinos de Jesus confirmam que Ele é Deus, pois, nenhum homem teria conhecimento tão profundo.


Certa vez Jesus perguntou a seus discípulos: “Quem dizem as multidões que sou eu?” (Lc 9.18), e, após receber as respostas o Senhor particularizou a pergunta: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?” (Mc 8.29). Esta é a pergunta mais séria a ser respondida; dela depende muita coisa na vida. Todos estamos incluídos nesta pergunta, bem como, todos temos que respondê-la para Jesus.
Como você responderia a esta pergunta de forma pessoal e direta? Neste texto vimos a humanidade, a compaixão, e a divindade de Jesus. Diante destas verdades quem é Jesus para você? João Batista o chamou de “Cordeiro de Deus!” (Jo 1.29, 36) e se relacion com Ele como tal. Um certo cego numa estrada que liga Jerusalém a Jericó o chamou de “Filho de Davi” (Mc 10.47), e se dirigiu a Ele crendo nesta verdade. O Apóstolo Simão Pedro disse que Ele era “o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16.16), e esta afirmação lhe rendeu título de “Bem-aventurado”.


Pr. Valdemberg Viana