LEVANDO O MINISTÉRIO A CRESCER EM SANTIDADE

“Para que não haja divisão no corpo; pelo contrário, cooperem os membros, de igual cuidado, em favor uns dos outros.” (1Co 12.25)


Deus nos orienta em sua Palavra sobre viver uma vida de santidade, e Ele mesmo é nosso próprio exemplo (1Pe 1.16). Devemos ser santos porque Ele é santo, devemos andar como Cristo andou e dedicar nossa vida a sermos transformados, de glória em glória, à sua imagem (2Co 3.18).


Todo cristão deveria buscar crescer em santidade, logo, não seria um problema pensar em como fazer com que um ministério cresça em santidade, pois as pessoas que o compõem já estariam buscando isso.


No entanto, é possível enxergar uma dificuldade no cristão com essa busca, mas por que isso acontece? Consigo pensar em dois problemas: o entendimento errado sobre a santidade e a falta de submissão ao propósito que Deus estabeleceu para nós.


O entendimento errado da santidade está em pensarmos que podemos conquistar a santidade pelas nossas forças e confundi-la com “comportamentos corretos” aos olhos dos outros. É preciso entender que a santidade não está ligada à perfeição, mas sim, à submissão a Deus, que é quem opera a santidade em nós. Quando o ministério compreender isso, estará menos preocupado com a imagem que ele passa e mais preocupado com que as pessoas tenham um coração que luta contra o pecado e se preocupa em glorificar a Deus em tudo.


Ao olhar para a Bíblia é possível enxergar o grande problema de submissão do homem: desde o jardim, não quer se submeter a Deus e a sua vontade.


Vivemos em um mundo caído, e nossa natureza pecaminosa sempre vai querer ir contra o propósito que Deus estabeleceu. Se a vontade de Deus é a nossa santificação (1Ts 4.3), buscar a santidade não é algo natural, mas devemos lutar contra a rebeldia do nosso coração até conseguir.


Por isso, a fim de um ministério crescer em santidade, é preciso levar as pessoas que o compõem de volta ao propósito de sua criação. Deus nos criou à sua imagem e semelhança, logo, nosso propósito nessa vida é glorificá-lo e representá-lo, sendo imagens visíveis de um Deus invisível. Com isso, o mundo verá a Deus por meio de nossas vidas.


A triste verdade é que a maioria de nós não quer crescer em santidade e viver o propósito para o qual fomos criados (glorificar a Deus em tudo). Nos contentamos em apenas viver uma vida confortável, com a garantia de não ir para o inferno. Portanto, é preciso que as pessoas cresçam no temor do Senhor, pois a Bíblia nos mostra que é nesse temor que nossa santidade é aperfeiçoada (2Co 7.1).


Se Deus é o criador de tudo, é justo que Ele decida o propósito para que sua criação viva. E tentar viver fora disso é jogar nossa vida fora, pois seria impossível viver para nós mesmos, e, ao mesmo tempo, viver a única vida que vale a pena ser vivida: a vida abundante que Jesus conquistou para nós na cruz. “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (Jo 10.10b).


Júlia Faria Pereira