ORAÇÃO OUVIDA, ORAÇÃO RESPONDIDA!

“com toda oração e súplica, orando em todo tempo...” Ef 6.18


Um dos pedidos mais piedosos que os discípulos fizeram a Jesus, foi: “Senhor, ensina-nos a orar como também João ensinou aos seus discípulos.” (Lc 11.1).


A bem da verdade, o que a nossa geração quer não é aprender a orar, e sim, a dizer as palavras que façam as coisas funcionar como eles planejam – “Shazam; Abracadabra; Abre-te Sésamo; Pirlimpimpim”. Palavras que, no mundo da fantasia, façam acontecer. Lembrese que entre Betânia e Jerusalém, a figueira secou-se com uma palavra de Jesus: “Nunca mais nasça fruto de ti!” (Mt 21.19) – É desta palavra que estamos nos referindo aqui. Coisas que tragam resultados de imediato. “Acalma-te, emudece-te”, foi o que o Senhor Jesus falou quando o mar estava agitado e, ao ouvir tais palavra, “fez-se grande bonança” (Mc 4.29). Palavras proferidas, reações esperadas obtidas. Não são as palavras mágicas que fazem funcionar, mas a pessoa certa: Jesus.


Como somos a geração do “aqui e agora” – queremos tudo muito rápida e, de preferência, sem esforço algum


– O mágico Simão desejou este poder, crendo que poderia ser conseguido por meios humanos (At 8.19-20).


O rei Davi se destaca como um homem que orava, e dentre as muitas coisas que tinha para dizer sobre o seu amor ao Senhor, diz: “Amo o Senhor, porque ele ouve a minha voz e as minhas súplicas” (Sl 116.1). Poderia dizer que O amava pela sua escolha para ser rei; por ter lhe dado vitória sobre Golias; por ter expandido o reino através do seu reinado; por ter confirmado seu reino, a ponto de o Salvador ser chamado de “Filho de Davi” (Mc 10.47). Mas, apesar de tantas razões para ele amar ao Senhor, ele diz: “Amo porque ele ouve a minha voz”.


Salomão, que acompanhou toda a vida de Davi, refere-se à sua morte dizendo: “Findam-se as orações de Davi, filho de Jessé” (Sl 72.20). Este é o único Salmo de Salomão, que poderia encerrar com muitas honras a seu pai, mas diz que ele orava; e Davi apresenta algumas razões desta afirmação:


O Senhor se inclinou para ouvir a oração (Sl 116.2). O Todo Poderoso, o Criador de tudo, se inclina para ouvir a oração. Deus tem prazer na oração. Ele mesmo diz: “Clama a mim e eu te responderei” (Jr 29.11). Não diz ali que Ele se inclina para receber adoração, louvor, oferta ou qualquer outra coisa, embora possa fazer. “A minha casa será chamada casa de oração” (Mt 21.13).


Poderia ter tantos nomes, mas Ele escolheu este. Nosso Deus ama oração, e espera que O busquemos para orar.


O Senhor responde à oração em qualquer situação (Sl 116.3-4). Existem locais estranhos para se orar: Jonas, no interior de um peixe (Jn 2.1); Moisés, no alto de um monte (Ex 17); Daniel orava em uma janela aberta, e orava sempre; Neemias orou e chorou (Ne 1.4, 11); Ester orou com jejum (Et 4.16); o rei Ezequias orou (Is 37.14-20; 38.1-3); os hipócritas oram, o gentio ora, os discípulos oram (Mt 6.5-9); Jesus orou; Paulo orou; Pedro orou, Cornélio orava (At 10.2). Orações em todos os lugares: jardins, montes, igrejas; no mar, em quartos fechados, em prisões, em lombo de camelo (Eliezer), cavernas, palácios...

Houve um tempo que havia a hora para orar, o lugar para orar, a postura para orar, mas o nosso Senhor Jesus venceu e abriu para nós uma porta para chegarmos ao Pai por meio do Seu nome (Jo 14.13-14), a qualquer hora e lugar e sob qualquer situação.


Se nosso Deus e Pai ama tanto o momento da oração, por que nós não? Apresente-se para orar e ore, o Senhor ouvirá e reagirá.


Pr. Valdemberg Viana