O REINO DE DEUS ENVOLVE AS CRIANÇAS!

“Quem somente observa o vento nunca semeará, e o que olha para as nuvens nunca fará colheita,” (Eclesiastes 11.4).


Fui criado na cidade, e Deus me levou para o campo. Lá observei o homem e seu labor, as crianças trabalhadoras que hoje são fazendeiros. Jovens que, na época do plantio, passavam a noite preparando o terreno para receber a semente, e na colheita, aproveitavam o calor do dia, até alta madrugada, recolhendo o fruto nos celeiros. Todos os anos acontecem colheitas com prejuízo ou com lucro. Mas tem colheita! Por quê? Porque não ficam olhando o vento e as nuvens, pois tomam coragem e atitude permanente de fé. “Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. Pela fé, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha do Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus...” (Hebreus 11.23- 24). Estudiosos afirmam que Moisés ficou com seus pais entre 4 e 7 anos. O que nos surpreende é que seus pais, escravos e perseguidos, semearam o conhecimento que possuíam do Deus de Abraão, Isaque e Jacó, de tal modo que nenhuma ciência oculta egípcia deteriorou a semente, pois ela veio a brotar e frutificar continuamente.


Fomos salvos para viver pela fé. O Senhor nos capacita para sermos instrumentos do Espírito Santo de Deus para semear o evangelho, ou para colher a semeadura no tempo oportuno. Paulo instruiu a Timóteo: “Pregue a Palavra, insta, quer seja oportuno, quer não” (2Timóteo 4.2). Se somos templo do Espírito Santo, é preciso tomar uma atitude em favor da salvação dos pequeninos que estão longe do Senhor. Ele afirmou: “Assim, pois, não é da vontade de vosso Pai Celeste que pereça um só destes pequeninos” (Mateus 18.14). Por isso precisamos nos preparar para semear a palavra de salvação. Jesus deu ordem a Pedro: “...você me ama? ... apascenta os meus cordeiros” (João 21.15). Sim! É preciso semear a boa semente, e termos o cuidado de levarmos para o celeiro, o aprisco, a Igreja, os pequeninos do Senhor. Em duas apresentações de crianças que foram feitas na ICE SJC, no mês de fevereiro de 2024, o Pastor Valdemberg nos falou que Jesus destaca características das crianças como sendo necessárias para “ver o reino de Deus” (Mateus 18.2-4).


Jesus abre os olhos dos discípulos para a realidade dos valores de Deus, e os pais de crianças entenderam bem e reagiram trazendo seus filhos para que Jesus “impusesse as mãos e orasse” (Mateus 19.13). Os pais reconheceram o poder de Jesus bem como a limitação de cada um deles, e por estas duas razões se renderam ao Senhor Jesus e trouxeram suas crianças. Somente quando os pais reconhecem o poder e amor de Jesus e conseguem lidar bem com suas próprias limitações é que trazem seus filhos a Jesus, e para que isso aconteça os valores dos pais, na criação dos filhos, precisam se ajustar aos de Deus, e os do Senhor prevalecer. Mesmo quando os pais se rendem aos valores de Deus, ainda precisam prevalecer quando as barreiras surgirem, pois, obstáculos sempre se levantarão: “mas os discípulos os repreendiam.” (Mateus 19.13c). Atenção papais, mamães, vovôs, vovós, tios e tias, tragam suas crianças ao Senhor Jesus, traga-os aos cultos e EBDs, assim, elas aprenderão do reino de Deus e amarão a Jesus. Isso fará diferença em toda a vida deles, pois o próprio Deus disse: “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Provérbios 22.6). Vamos entender que no reino de Deus cabem as crianças.


Pr. Espedito Lourenço.