“TODOS JUNTOS PARA QUE TODOS OUÇAM”

O Senhor nosso Deus é o Deus do coletivo, é o Senhor do “TODOS”. Quando chama, chama todos, quando envia, envia todos. Seu desejo é salvar todos, santificar todos, abençoar todos. Ele tem um compromisso com o “todo”. Ao fazer uma visão panorâmica pela Bíblia, percebemos que quando o Senhor trabalha com o “um”, Ele tem em mente o todo. Sempre parte do “um” para o “todo”.


É sempre um membro para beneficiar o corpo inteiro. Observe este texto: “E ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos (todo) para desempenho do seu serviço, para edificação do corpo (todo), até que todos cheguemos à unidade da fé...” (Ef 4.11-13); ou este outro texto mais conhecido ainda: “Ide por TODO o mundo e pregai o evangelho a TODA criatura.” (Mc 16.15).


‘TODOS JUNTOS’ é força, é unidade, é comunhão, é encorajamento, é estímulo, é cooperação, é corpo. ‘TODOS JUNTOS’ viabiliza todos irem, e facilita todos ouvirem; cria-se um elo único que liga os que vão aos que “seguram a corda”. Não tem melhor método de enviar, se não TODOS JUNTOS, e não existe melhor maneira de ser ouvido, se não TODOS JUNTOS falando a mesma língua. Quando são TODOS JUNTOS o peso é dividido, a vitória é compartilhada. O “meu” perde a força para o “nosso”, o “eu” cede espaço ao “nós”, o que é “single” dá lugar ao plural. Como é conhecido o dito popular: “Sozinho vou mais rápido, juntos vamos mais longe”, o conjunto é muito mais representativo. TODOS JUNTOS é bíblico, é humano, é bom: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum” (At 2.44).


O tema da 47ª Conferência de Missões deste ano: “TODOS JUNTOS PARA QUE TODOS OUÇAM” nos leva a imaginar o ajuntamento de todos para, unindo forças, poder investir para que todos possam ouvir. Não existe muito espaço para o “exército de um homem só” neste campo de ação, daí a motivação a que nos juntemos para que o menor esforço seja feito e o maior número possível de pessoas possam ouvir.


Existe uma grande diferença entre o trabalho de Sansão, que tinha muita força mas era um homem só, e o trabalho de Davi, que juntou muitos e treinou um forte exército que se tornou temido por toda aquela região. Esse Davi conseguiu vencer um homem muito forte, em cuja força tinha todo um exército de filisteus confiando (1Sm 17.4-11; 41-47).


Outro bom exemplo da força do ajuntamento está em Mc 2.1-12, quando quatro homens se juntam e, como um conjunto bem treinado, eles descem um coxo pelo teto da casa que estava cheia, para levarem até o Senhor Jesus este homem. Quatro homens para levar um a Jesus. Precisamos fazer o mesmo hoje. Pr. Valdemberg Viana