“Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste,” (Jo 17.24)
Creio que todos nós já recebemos muitos convites, desde os mais simples como: assistir um bom filme, participar de culto, tomar café com amigos, agendar uma visita a um colega enfermo..., até os convites mais complexos, como: ser desafiado a uma grande mudança, um contrato de trabalho a longo prazo, um convite de casamento após seis meses de namoro... São convites que exigem mais tempo para uma decisão.
Estamos entrando um ano cujo chamado é para investir em nossos relacionamentos: desde os mais simples como: estar em casa, conviver bem com a família; até os mais elaborados como: tratar de estreitar o relacionamento com aquele irmão distante com quem não temos muita amizade. Somos chamados a trabalhar nesta linha horizontal, e para tal iremos precisar da graça e sabedoria de Deus.
Por volta de outubro do ano de 2022, o senhor Tite, então técnico da Seleção brasileira de futebol, convocou os jogadores para compor o time nacional que teria a função única de defender as cores brasileiras em jogos da Copa do Mundo ocorrida no Catar. Os jogadores chamados não precisariam entender de política nem ter conhecimento de gastronomia, não lhes seria exigido domínio no manuseio de armas de guerra, muito menos precisaria serem “azes” em natação. Tudo o que seria necessário era vencer as partidas contra os adversários, e para tal, teriam que vencer a individualidade de cada um e trabalhar em conjunto, ou seja, todos eles precisariam estar em harmonia, cada um na sua área. Isso se chama comunhão.
Quando numa orquestra o som de um instrumento sobressai aos outros, é porque faltou harmonia. O conjunto bem entrosado possui uma comunhão em que todos andam na mesma direção e produzem um som único.
Este ano de 2023 temos como tema a nossa comunhão. Entendemos que para estabelecer comunhão uns com os outros precisamos, primeiramente, investir em nossa comunhão com Deus. Do Senhor é que depende todas as demais coisas, como bem disse Jesus: “Porque sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5), “porque Deus é quem efetua em vós o querer e o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fl 2.13). Diante do exposto, se queremos melhorar nosso relacionamento com os irmãos, precisamos investir na nossa comunhão com Deus.
O Senhor está nos chamando para uma comunhão que ele mesmo diz que é “boa e agradável” (Sl 133.1). Entendemos que comunhão não é fácil, mas com o Senhor é possível. Ele vai nos preparar para sermos bênçãos aos demais irmãos. Rogamos que todos os irmãos tenham a mesma disposição de Davi, que ao abençoar todos no palácio, vai para sua casa com a mesma intenção de abençoar sua família (2Sm 6.18, 20).
Temos uma motivação para trabalhar: ser bênção ao povo de Deus, e a comunhão será o meio por onde isso se torna possível. Jesus expressou em oração a sua vontade de comunhão, quando disse: “Pai, a minha vontade é que onde eu estou, estejam também comigo os que me deste,” (Jo 17.24). – Deus nos abençoe neste investimento.
Pr. Valdemberg Viana